quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Encontro e Desencontro

Você está prestes a conversar com aquela garota linda que apareceu bem na sua frente. Aquela garota magrinha, com um ar de perdida, mochila nas costas, chegando de viagem. Pois bem, as probabilidades quase nulas se anunciam. Ela vem em sua direção, esboçando um quê de preocupação.
Ela quer saber onde fica um tal hotel de sua cidade. Saca um pedaço de papel com o endereço e pergunta como chegar lá. A sua reação é ficar sem nenhuma, estático por sete segundos. Mas, em vão, tenta não demonstrar ainda mais surpresa e lhe dá a direção aonde ir, como chegar. Por ironia, coincidência ou não, fica perto de onde tem de ir. Logicamente, você se oferece para acompanhá-la, afinal, sua cidade não é das mais pacatas e seguras. Ela sorri e agradece.
No caminho, ela conta que está indo ver seu caso. Você não se abala, pois a conversa flui naturalmente e vocês riem e conversam como se se conhecessem há alguns anos. Aí se pergunta por que há sortudos e por que há você. Acredita, por um minuto, na sorte. Mas não na sua. A sua não existe.

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